Sunday, May 11, 2008

A felicidade exige paciência e valentia

Nesta última sexta-feira eu dei uma palestra na zona rural de Teresina para um grupo de professores de uma Fundação da Itália. No sábado, estive em Timon-MA encerrando um curso de Administração e Secretariado com outra palestra para um grupo de alunos. Em ambas, o assunto central era sobre Relações Humanas. Ao discorrer sobre o tema ouvir relatos de pessoas que passaram por situações difíceis e que exigiram uma boa dose de auto controle e disciplina.

Particularmente, eu também já vivi situações semelhantes. Aliás, quem nunca passou por momentos em que dar vontade de explodir e cometer bobagens? Vez por outra minhas idéias empreendedoras são motivos de chacota no meu curso de pós-graduação, mas, nem por isso perco a calma ou revido com palavras que também possam machucar meus colegas de classe. Não podemos levar a vida tão a sério e muitos desses casos têm que ser levados na esportiva. Com bom humor consegue-se livrar de maiores dissabores. No entanto, algumas pessoas podem não reagir da forma que costumo fazer e uma simples brincadeira pode ter conseqüências desagradáveis.

O humor negro, as palavras sarcásticas e a maneira como você trata as pessoas podem ser um dos motivos para que seus relacionamentos não estejam da forma como gostaria ou até mesmo se desfaçam.

Uma das coisas que, ultimamente, venho recebendo são feedbacks de amigos, professores e pessoas próximas. Numa dessas conversas disseram-me que eu sou muito imaturo, bobão, que preciso me preocupar mais com os espertos que aparecem no meu caminho, que devo deixar de ser tão bonzinho com todo mundo e que devo dar valor aos meus conhecimentos, dentre outras coisas. Existem até uma expressão que diz que os “bonzinhos só se ferram”. Com base nos resultados que venho obtendo hei de concordar com essa afirmativa.

Comecei a trabalhar em 1993 e de lá para cá conheci pessoas incríveis que me ensinaram bastante como também conheci gente que se aproveitaram da minha “ingenuidade” para copiar minhas idéias, da minha inaptidão em reagir rápido diante de uma crítica destrutiva, da minha bondade em fazer a parte do trabalho que não me compete, do meu marasmo em aproveitar meus dons e fazer algo, de fato, que seja rentável para mim e não apenas para os outros.

Confesso que já ganhei dinheiro com algumas idéias que tive, mas muitas das vezes deixei-me influenciar pelas opiniões de terceiros e acabei desistindo de dar continuidade a alguns projetos. Coisa que não deveria acontecer. Se sou imaturo, devo aprender com esses erros, se sou bobo, estou começando a ficar mais esperto e se não reajo às palavras depreciativas é porque prefiro evitar confusões, descobrir quem são meus verdadeiros amigos, que sugestões eu posso acatar e mostrar quem eu sou e não como eles gostariam que eu fosse ou reagisse.

Acredito que esse tenha sido um dos motivos que o pessoal da Fundação Valter Alencar daqui de Teresina me convidou para participar do XVI Seminário de Educação. No próximo dia 24 de maio estarei pela primeira vez no teatro 4 de setembro ministrando uma palestra. Falarei sobre o tema “Competência Emocional – uma reflexão na prática pedagógica”. Adoraria que todos os meus conhecidos estivessem presentes, porém já fui informado que os 600 assentos do local já se encontram todos preenchidos. No entanto, eu pretendo gravar minha apresentação e transformá-la num DVD. Por conta disso, já ouvi algumas críticas e comentários de que eu sou muito corajoso para aceitar tal desafio. Mas, o poeta Fernando Pessoa, conseguiu há algum tempo extrair com veracidade o que eu sinto neste momento num poema sobre a felicidade:

...SER FELIZ!!!

Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá a falência.

Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.

Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.

Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica mesmo que injusta. É amar incondicionalmente e sempre.

Pedras no caminho?
Guardo todas,
um dia vou construir
um castelo...

Um abraço e uma ótima semana para todos! E muito obrigado pelos feedbacks. Sem eles seria impossível eu abrir os olhos para muitas coisas e evoluir cada vez mais.

Fiquem com Deus!

Jefferson Xavier Meneses - Jex

Consultor organizacional – Teresina/PI


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