Eu lamento informar, mas sou obrigado a dizer que houve mais uma vez fraude no concurso seletivo para professores do Estado no Maranhão. A partir de agora não faço mais nenhum concurso organizado pela Fundação Sousândrade. Até onde tomei conhecimento esta não é a primeira vez que acontece casos como esse com esta instituição.
Primeiramente foi na cidade de Coroatá, depois em Caxias e agora na cidade de Codó. Dessa forma fica difícil dar credibilidade por parte da população maranhense a esses concursos, pelo menos, por mim está completamente descartada essa possibilidade até que me provem o contrário.
Pela segunda vez consecutiva os concursos realizados por esta fundação na cidade de Codó indicam indícios de fraudes e tudo num prazo de menos de 10 dias.
Nas demais cidades maranhenses onde esta mesma fundação atua na organização para analisar os currículos dos PROCOPRO “Pobres Coitados Professores” (Ô classe sofrida) foi comprovado que houve benefícios de parentes de pessoas ligadas a políticos e/ou órgãos públicos de cada cidade.
Em Codó não foi diferente. As irregularidades são tantas que corre o risco do seletivo ser anulado pela segunda vez em menos de duas semanas assim como ocorreu com a cidade de Barra do Corda dentre outras.
Para se ter uma idéia da gravidade dos fatos na cidade de Codó havia até hoje duas pessoas formadas em Arte. Uma é a professora Soledade que já é efetiva do Estado há alguns anos e, portanto, não concorreu a esta vaga e a outra pessoa sou eu com formação em Arte e habilitação em Artes Plásticas pela UFPI. Ministro aula nesta área há 8 anos e pela análise dos currículos eu tinha todas as condições suficientes de ser o primeiro colocado. Com a divulgação do último seletivo eu sair da 2ª(segunda) posição para a 4ª(quarta). Segundo me informaram lá mesmo na gerência regional, os três primeiros colocados são das áreas de Matemática, Turismo e Biologia sem nenhuma experiência na área específica. Detalhe: essas três pessoas que obteram as primeiras colocações tem ligação com “pessoas de nome” da cidade. Isto prova mais do que qualquer coisa que nos interiores ainda há “padrinhos” e “madrinhas” que colocam seus “afilhados” totalmente despreparados para assumir cargos sem nenhuma condição. Agora eu pergunto: Como podemos priorizar a qualificação do ensino com casos como estes? Como diria o jornalista Boris Casoy: “Isto é uma vergonha!” Eu diria que isto é uma palhaçada e uma falta de consideração com os professores. Muitos se deslocam de cidades distantes pra constatar que estão dando viagens em vão.
Entrei, ainda hoje, com recurso para revisar a classificação desse seletivo mas, dificilmente, voltarei a lecionar na cidade de Codó o que lamento profundamente. Fiz isso apenas por uma questão de honra e pra mostrar que todos nós devemos brigar por nossos direitos.
Um abraço e boa sorte aos demais candidatos que, assim como, eu também se sentiram lesados.
Profº Jefferson (Jexmen)
Tuesday, May 09, 2006
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