Monday, May 01, 2006

Muito cuidado com o que você fala e deseja



Neste domingo, véspera de feriado, enquanto eu escrevia sobre o meu futuro incerto caía uma forte tempestade em Teresina. Relâmpagos e trovoadas assustadoras que me fez lembrar dum fato ocorrido no mês de abril do ano passado lá em Codó.

Era cedo da noite do dia quatorze de abril de 2004. Eu estava assistindo um filme de terror com uns amigos quando de repente escutamos um barulho enorme seguido de um trovão. Neste instante todos gritamos assustados porque, de fato, foi horrível. Desligamos a TV pra não correr o risco de queimar o aparelho e segundos depois ouvimos os gritos na rua. Lá em Codó eu morava num sobrado e no andar de cima mora a dona da casa com seus netos. Um deles de 18 anos que acabara de sair na rua foi atingido por aquele raio assustador. Saímos correndo e ele estava estendido no chão de bruços com os dentes quebrados, olhos estufados para fora, sangue saindo pelos ouvidos e pelo nariz e com a língua de fora.

A cena era muito pior do que qualquer filme de terror. Aquilo era real e estava diante de nossos olhos. Nós fomos um dos primeiros a chegar pra socorrê-lo mas já era muito tarde. Nada mais podia ser feito. A morte foi quase que instantânea. Levaram-o para o hospital mas, ele já se encontrava sem vida. Sua vó e primos que chegariam minutos depois era só lamento. Aquele momento foi um dos mais tristes que já pude presenciar em minha vida. Nunca ouvi tantos gritos. O desespero era geral. Era uma cena comovedora.

Foi uma fatalidade porque ele era um jovem talentoso com um futuro promissor pela frente. Na época, os médicos acusaram o celular que ele levava na mão como a causa principal que atraiu o raio. Outras desculpas apareceram depois mas o fato é que ele perdeu a vida. Milton era seu nome e ele também era meu amigo. Cerca de duas horas antes tínhamos nos falado na academia de musculação. Foi coisa rápida e foi o nosso último contato.

Alguns dias depois fiquei sabendo que ele estava muito desesperançado da vida. Só vivia falando em morte. Por não conseguir emprego, não ser correspondido no amor e por estar decepcionado com alguns fatos que vinham ocorrendo ele queria apressar sua vida. Parecia pressentir que aqueles seriam seus últimos dias ou então apressar para que isso acontecesse. Por várias vezes foi repreendido pela sua vó para não repetir tantas besteiras porém, se fazia de surdo. Quanto mais ela falava mais ele falava na morte. Infelizmente, ele conseguiu realizar este triste desejo mas, tenho certeza que ele não achava que fosse ocorrer tão rápido e de uma maneira tão trágica. Por isso, meus amigos, nunca desejem coisas ruins.

A força dos nossos pensamentos e das nossas palavras é surpreendente. Tudo se realiza. Só não sabemos o dia e a hora que irá acontecer. Por mais que a situação não esteja boa pense que elas vão melhorar e fale palavras de ânimo. Evite palavras depreciativas e, principalmente, pessoas negativas. Junte-se com quem tem boas idéias para elevar teu astral. Cuide dos seus pensamentos e das suas palavras porque um futuro melhor começa em você.

Boa sorte e sucesso em sua vida!
Jexmen

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