· Em 1998, eu estava num ponto de ônibus com um amigo aguardando o coletivo. Enquanto esperávamos contávamos piadas pra passar o tempo. Um rapaz que observava tudo do outro lado cismou de nossas gargalhadas. Ele achou que fosse com ele. De repente, ele se aproximou já com uma arma na mão e gritou: “- ei malucos, vocês tão aí de bobeira. To ligado em vocês faz hora. Tão zombando da minha cara. Vou apagar os dois agora.” Era visível seu estado de embriaguez misturado talvez com algum outro tipo de droga. Ele estava fora de si. O meu amigo quis se alterar, mas eu vi que essa não seria a melhor opção. Engraçado que todos que estavam na parada de ônibus correram pra bem longe. Nós ficamos sozinhos. Foi difícil acalmar os dois. Com muita paciência e diálogo conseguir contornar a situação e nos livramos de morrer naquela noite.
· Em 2001, no velório do meu padrasto sua filha adotiva que ele havia deserdado há alguns anos por vários motivos que não convêm relatá-los resolveu aparecer depois de anos sem dar notícias. Ela estava acompanhada do seu esposo. Quem conhecia a história sabia que ela só queria o dinheiro dele. A cena dela sobre o caixão era teatral e beirava o ridículo. Se eu pudesse narrar tudo aqui vocês dariam boas risadas. Minha mãe é impulsiva e não costuma deixar nada barato. Eu só pareço com ela fisicamente porque sou o seu oposto nas ações. Ao ver a dita cuja lá na sala ela não pensou duas vezes e resolveu cutucar “a onça com vara curta”. Começou a relembrar das ameaças de morte que ela fazia ao pai enquanto vivo. Pra quê minha mãe foi fazer isso logo na hora daquele velório? A confusão foi geral. Imaginem a situação: gritos, empurra-empurra, enfim, uma baixaria geral. Quase que o pobre do defunto se “estabacava” no chão. Só não levantou pra participar daquela algazarra toda porque não podia fazer mais nada(rs) Mas se pudesse...a coisa seria muito mais feia. Na hora dessa confusão toda o marido da filha do meu padrasto que andava armado me chamou para brigar. E eu sou doido de entrar em conflito com um policial armado com segundas intenções? Nunca no Brasil. Só pedir para respeitarem o morto que tava na sala. Pedi que todos se acalmassem pra resolver a situação conversando com toda a paciência do mundo até tudo ficar no controle. Por pouco não morri, pela segunda vez, naquele dia e não viro um defunto pro dia seguinte.
· O terceiro caso aconteceu há pouco mais de um mês aqui mesmo em Teresina. Eu fui assaltado a mão armada dentro do meu carro. Houve um seqüestro relâmpago e o marginal levou meu celular, minha digital e alguns trocados. Um prejuízo de pouco mais de R$ 1.400,00. Mas isso foi irrisório diante do valor da minha vida. Eu estou vivo e isso é o que interessa. Se eu tivesse reagido, provavelmente, não estaria relatando tudo isso pra vocês. O que me deixou chateado foi o fato dele ter zombado da minha cara dizendo que meu celular era muito “paia” porque não tirava fotos, que meu relógio era rídiculo porque era de camelô, que minha pulseira era de latão e que meu dinheiro era uma mixaria. Um ladrão desse é muito esticado né? Botou tanta banca mas levou tudo. Gaiato.
Mas, deixa isso pra lá porque tou vivinho da silva, isso é o que importa. Portanto, amigos controlem seus nervos em situações de perigo. Por mais tensa que seja o momento procure manter a calma. Toda ação tem uma reação e quando agimos a nosso favor tudo tem um final melhor. Por agir com paciência me livrei da morte três vezes. Deus te livre que isso aconteça com vocês. Boa sorte e muiiiiiita paciência em sua vida tá?
Jexmen
1 comment:
Legal seu blog. Quando tiver com mais tempo, vou le tudo...Ainda bem que vc está no meio de nós depois de tanta coisa ruim...Abraços
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