Thursday, September 25, 2008

Eu amo a prima Vera!!!

Prima Vera

Seja bem-vinda! À vera! Você trouxe-nos flores de todas as cores, de vários odores, inspirando-nos amores, agradando horrores. A todas as pessoas, segredam-me os liquidificadores…

Estacione, a estação é toda sua. Em vez de ficar três meses, você deveria ficar 3 x 3 meses! O chato do outono - “outônomo” -, que vá passear junto com o frio e insuportável inverno que não tem nada a ver com o nosso patropi. Dias melhores: verão e com você, prima Vera…

Se, no verão, a gente usa pouca roupa, no inverno são as árvores que ficam despudoradas. Por causa do PDV - Programa de Desligamento Voluntário -, criado para quebrar o galho da folha de pagar aumento… Quando você chega com as verdinhas, prima Vera, há pleno emprego, vale-transporte para os beija-flores e borboletas que desfilam pelos Jardins e periferias. Sem falar na PLR - Participação nos Lares e Restaurantes, graças às suas flores. E no abono de mil reais e verdadeiros cantos de pássaros agradecidos e felizes.

A Natureza e a Ana Teresa estão radiantes. Que Bom, saio inverno e você entra em campo. Pra não dizer que não falei das flores, Jacinto no ar o perfume de gardênia que emociona o salgueiro-chorão.

– Ohr! Quí dea mais lindo! – diz ele. Apareceu a margarida, olê, olê, olá! Ipê-amarelo e ipê-rosa enfeitam a cidade dessa gente que paga o ipê-veá, o ipê-teú e fica muito ipê-da-vida!

Você, que inspira poetas e compositores, prima Vera, inspire ética aos políticos. Rs rs rs, não ria, prima Vera… Então, nas próximas eleições, inspire os eleitores para que eles separem o joio do trigo.

Cadê a chuva, prima? Convoque-a com urgência. Mas que ela se distribua melhor do que a renda neste país. Não sei se há clima pra isso. A gente mata a mata, polui o ar e o mar, então o que São Pedro, o manda-chuva, mandar, tá mandado, para chover no molhado.

Prima Vera, sucesso! E que “nossio” convívio de setembro seja bom até que o solstício em dezembro nos separe. Quem viver, verão.

Palmas para a prima Vera, Salvia a prima Vera!


(por Jorge Nagao)

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