Os frutos da rave
Neste último fim de semana fui pela primeira vez numa festa rave. Duas primas conseguiram um convite em cima da hora e me convenceram para acompanha-las. Estávamos lá num determinado sítio ouvindo o som do bate estaca tunst, tunst, tunst.
Eu acredito que seja algo rentável porque parece que o público jovem de Teresina resolveu ir em peso para este evento. Estava mais disputado do que show de banda nacional. Era gente dos quatro cantos da cidade lotando aquele lugar.
Ao mesmo tempo em que parece ser um bom negócio é o lugar mais perigoso para os adolescentes que eu já vi porque ali rola de tudo. Eu sempre acompanhei pela TV, jornais e por outros amigos comentários do que acontecia nestas festas, mas ao vivo e a cores a realidade é ainda mais grave do que eu imaginei.
São centenas de jovens alguns com menos de quinze anos ingerindo bebidas alcoólicas, consumindo drogas de todos os tipos e praticando sexo com total insegurança. Como conseqüência, daqui a nove meses os frutos desta rave devem estar nascendo porque é modismo fazer sexo sem camisinha.
Pior são os pais que confiam seus filhos nestas festas. Se eu tivesse um filho nessa idade o acompanharia porque sozinho é extremamente perigoso. Eu não sou contra essas festas vibe como também são conhecidas. Os jovens têm mesmo que se divertir. O problema é a falta de controle na entrada de menores e o consumo exagerado de drogas lícitas e ilícitas. Incrível que muitas autoridades têm conhecimento do que rola lá, mas fazem vistas grossas. Esta também não foi a primeira e nem será a última rave que acontece. Muitas outras virão porque a galera teen gosta do som, da facilidade da promiscuidade e da liberdade que possuem em estar bem longe de casa e fazer o que bem entenderem.
A intenção deste artigo é apenas alertar aos pais do perigo que os seus filhos correm ao freqüentar esses locais. Muitos imaginam que eles estão apenas se divertindo enquanto que, na verdade, estão se matando lentamente.
Além de todos aqueles jovens bêbados, drogados, caídos no chão, desmaiados, passando mal e tudo mais tivemos que suportar o sacrifício de retornar para casa. Após um engarrafamento de mais de duas horas numa estrada carroçal, empoeirada e estreita arrancaram o retrovisor do meu automóvel. Mas há males que vêm para o bem porque se não fosse por isso eu não teria conseguido passar espremido pelos outros carros para poder chegar na BR que leva ao centro da cidade.
Depois dessa experiência “maravilhosa” eu acredito que a primeira rave a gente nunca esquece, rs. Pelo menos meu recado está dado.
Jex Meneses
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